sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Gilmar Ivete Juridica ?

Li um interessante texto em que o autor diz que Gilmar Mendes é a Ivete Sangalo do Direito.

E que música boa mesmo, Chet Baker, seria

"Jack Balkin, Daryl Levinson, Sanford Levinson, John Rawls, John Hart Ely, Ronald Dworkin, Mark Tushnet, Cass Sunstein, Bruce Ackerman, Christoph Möllers, Laurence Tribe, Marcelo Neves..."

http://jornalggn.com.br/noticia/gilmar-e-a-ivete-sangalo-do-direito-por-juliano-zaiden-benvindo

É um belo texto.

A única coisa que faz Gilmar Mendes parecer um grande jurista é que nossos operadores do direito estudam ainda muito menos do que ele.

A base da pirâmide será sempre muito maior, para sustentar os medíocres.


São diversos os degraus desta pirâmide....

Amigo meu achava que não passava no vestibular de Educação Física, fez na particular pra nem gastar o dinheiro da inscrição.

Tem aqueles que acham a provinha da OAB difícil.

Aí o negócio vai afunilando... Concursos...


Depois, para pouquíssimos, vem o mestradinho e doutoradinho na PUC-SP ou UERJ.

Pós-doutorado em Yale ou Coimbra ou Alemanha.

Óbvio que os que não passam na OAB acham gênios os que passam em concursinho. etc...

Um cara que limita sua vida intelectual a passar em um concurso, vai endeusar um zé ruela que ganhe mais que ele e tenha doutorado em Yale e dê aula em cursinho e entrevista na TV Justiça.

Não havendo um referencial maior que toda essa mediocridade, é este o caminho mesmo: a escravidão.

"Quem não lê, será para sempre um escravo", já dizia um sábio brasileiro. Vai ganhar a vida a encontrar justificativas hermenêuticas para justificar decisões bizarras de tribunais e pseudo intelectuais cheios de influência política notória.

O STJ decidiu que o menor que tiver sido internado e progredido de regime não pode ser internado denovo. Mesmo que o segundo crime seja homicídio triplamente qualificado. E ainda tem gente que vem argumentar a favor disso com princípios que qualquer calouro conhece(se pelo menos usassem um argumento original).

Toda nova decisão bizarra que surge de algum tribunal lá da Holanda ou Costa Rica, já está lá um batalhão de patrulheiros que fazem questão de tentar justificar, como se fossem eles mesmo que tivessem dado a decisão, como se eles fossem responsáveis pela decisão bizarra. É o medo de ver cair abaixo tudo em que acreditavam, durante toda sua vida, e uma sensação de pertinácia ao grupo, o grupo do monopólio da virtude?

Sem dúvida, conforme a analogia do autor, Gilmar é a nossa Ivetão jurídica.

Mas tenho dúvida se estes juristas que o autor cita merecem a deferência que ele lhes presta. Talvez fosse melhor citar outros grandes nomes da humanidade, não necessariamente juristas.

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