A
DEMONIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO CASO DA
OPERAÇÃO LAVA JATO: uma repetição da História.
Negar a
ameaça de golpe comunista que havia em 1964 é ser muito inocente. É
despiciendo perder tempo com isto, pois basta descer aos porões da
biblioteca e pegar a edição de 6 de abril de 1964 do Jornal do
Brasil e será possível ler a seguinte frase do indubitavelmente
maior jurista da História do Brasil, Francisco Cavalcanti Pontes de
Miranda:
“As
forças armadas violaram a constituição para poder salvá-la.”.
Pontes de Miranda[1][2][3][4]
A
Comissão da Verdade, formada pelo Partido dos Trabalhadores, com o
supedâneo de todas as universidades públicas do Brasil, concluiu
por apenas 434 mortos e desaparecidos de 1964 a 1985, mais de 20
anos, o que dá uma média irrisória de 21.7 mortes/desaparecimentos
por ano – isto é inferior a qualquer cidadezinha de 20 mil
habitantes no Brasil do PT, que tem 60.000 homicídios por ano. Os
números estão no site oficial da Comissão da Verdade e foi
amplamente divulgado em todos os maiores jornais[5].
Apesar
de nos salvarem do pior, estrategicamente, contudo, os militares
cometeram um grave erro: deixaram as universidades nas mãos dos
comunistas e só se preocuparam em combater as guerrilhas, evitar
atentados, assaltos a bancos,sequestros de embaixadores e coisas
deste tipo, que os comunistas faziam muito bem...
O
resultado disto não podia ser outro: após assistir professores de
história, boa parte dos nossos bachareis pensam que a o Regime
Cívico-Militar foi um banho de sangue terrível como o Holodomor,
promovido pelo ditador comunista Stalin, na Ucrânia, em 1932-1933,
que culminou com a morte de mais de pelo menos 2 milhões de
ucranianos[6] ou o genocídio cambojano de Pol Pot, também
comunista, que matou mais de 1 milhão[7]. No entanto, estes dois
genocídios comunistas, não são conhecidos aqui, nem mesmo pelos
nossos melhores universitários.
O motivo
desta ignorância flagrante é que os professores só mostram uma
versão dos acontecimentos, sempre enaltecendo Stalin, Lênin, Fidel
e demais ditadores comunistas e explorando exaustivamente(com peças
de teatro, livros, seminários, cartazes e etc...) todos os excessos
cometidos pelos militares, enquanto são extremamente
auto-indulgentes com seus “companheiros”, terroristas, ditadores,
genocídas, sequestradores, guerrilheiros e assaltantes de bancos.
A
história é cíclica e está novamente se repetindo. O velho ardil
comunista de revisionismo histórico já está sendo forjado. Dilma
disse hoje[8] “ 'Politização' da Justiça e do MP é 'volta
atrás' na história”. Não bastasse a demonização dos militares,
agora a esquerda está demonizando o magnífico trabalho de Sérgio
Moro e da Força-Tarefa do Ministério Público Federal na Operação
Lava Jato.
Os mais
ricos advogados criminalistas do Brasil, que são advogados dos réus
da Lava Jato, e diversos doutores professores universitários, que
são marxistas e petistas, estão juntos neste firme propósito de
criar uma argumentação jurídica e metajurídica para enquadrar o
trabalho da “República de Curitiba” como um vilipêndio aos
Direitos Humanos Fundamentais dos réus do Petrolão.
Diversos
foram os artigos já publicados neste sentido. Ontem, no Largo de São
Franscisco, Faculdade de Direito de São Paulo, vinculada à USP,
houve mais um protesto de “intelectuais” neste sentido[9][10].
A
difamação do juiz Moro e do Ministério Público é diária em
todas as universidades públicas do Oiapoque ao Chuí e os primeiros
livros sobre o tema já estão saindo como o “A outra história da
Lava Jato”, de Paulo Moreira Leite, no qual o autor defende a tese
de como os paranaenses são truculentos e antidemocráticos. A tese
de um novo Golpe, desta vez não militar, mas judiciário, está
quase 100% formatadinha. O Ministério Público é partícipe do
crime, junto com o juiz Sérgio Moro.
Assim
como ocorreu com os militares, que nos salvaram de uma sanguinária
ditadura comunista, e são demonizados, se a história se repetir,
daqui a mais uns 10 ou 15 anos, nos livros didáticos da oitava
série, todo o magnífico trabalho de combate à corrupção serão
tachados de ditatorial, direito penal do autor, fascista etc.
O
Ministério Público e o Judiciário não podem cometer o mesmo erro
dos militares e aceitar o achincalhamento e a difamação diária de
que vêm sendo vítima, mas assim como os militares estavam mais
preocupados com comunistas guerrilheiros, assaltantes de bancos e
sequestradores, o MP e o Moro estão mais preocupado em focar apenas
na corrupção. É um erro compreensível, mas repetido e lamentável.
Toda
esta situação, que vitimou os nossos honrosos militares, que tanto
fizeram e fazem pelo povo brasileiro, e que estão correndo o risco
de serem vítimados o nosso honroso MP e o Juiz Sérgio Moro, que
tanto estão fazendo pelo povo brasileiro, me lembra uma frase de
William Shakespeare, na peça Júlio César:
“The
good that men do is oft interred with their bones; the evil lives
after them.”.
[5]
http://oglobo.globo.com/brasil/comissao-da-verdade-aumenta-lista-de-mortos-para-434-nomes-14695203