sábado, 15 de março de 2014

Novilíngua

O que é Duplipensar?

O que é Duplopensar?

Guerra é Paz;
Liberdade é Escravidão;
Ignorância é Força.

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Você nunca vai falar em aumento de tributação, vai falar em justiça social.
Você nunca vai falar em governo comunista, vai falar em governo de centro ou igualitário
Você nunca vai falar em censura, vai falar em democratização na comunicação
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Breve introdução exemplificativa....

De acordo com os comunistas, eles são progressistas e a direita é conservadora, ou reacionária.
O que isso quer dizer?

 Marx dizia que o fim inexorável da história é o comunismo(quer dizer então que ele já sabia o fim da história? eu pensei que ninguém sabia! veja que ridículo!), e, portanto, todos aqueles que contribuem para o comunismo são progressistas, todos aqueles que são contras, são reacionários, pois estão reagindo.

Eles poderiam ter tido isso de outra forma, mas ao dominar as universidades, escolas e a mídia, eles escolheram, para representá-los, uma palavra naturalmente positiva, qual seja, PROGRESSISTAS, e, para representar seus algozes, uma palavra naturalmente, inerentemente, negativa: "reacionário" ou "conservador".

"Para nós, os comunistas, ficamos com as palavras bonitinhas, para os nossos opositores, as palavras com uma carga naturalmente negativa.....E assim dominaremos mais facilmente o povão incauto"

Isso é um belo exemplo da aplicação da dominante novilíngua esquerdista.




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(clique com botao direito e abrir em nova aba para ampliar - faça isso em todas fotos)




Você conhece um idioma que a cada ano a população usa menos palavras do dicionário? Não, este não é o português falado no Brasil e sim a novilíngua.

Criado para o livro 1984, a novilíngua (newspeak no original) era o idioma oficial da Oceania. Em sua obra-prima George Orwell concebeu de modo visionário um futuro sombrio, uma crítica aos totalitarismos da época.

A Oceania de Orwell era um megabloco formado pelo atual continente da Oceania, as Américas, o sul da África e o Reino Unido, ou Pista de Pouso nº1 (uma crítica às relações da Inglaterra com os EUA). Os ingleses estariam fora do megabloco da Eurásia (Europa continental e países da ex-URSS) da mesma forma que hoje não adotam o Euro. Orwell não precisou ser vidente para projetar uma unidade européia sem a Inglaterra. O último bloco era a Lestásia, a união dos Tigres Asiáticos, China e Japão. Os três megablocos lutavam entre si por uma área chamada Quadrilátero em Disputa, basicamente, a região dos atuais países islâmicos.

Em sua distopia (uma anti-utopia), Orwell descreveu um mundo onde os indivíduos eram controlados todo o tempo através de teletelas (aparelhos que enviavam e recebiam imagens e sons) e do terror do estado totalitário. Pensando bem, a luta contra o terrorismo pode nos levar a este cenário em breve.

O controle dos indivíduos era feito com o controle do pensamento
. E o controle do pensamento só era possível com a redução do idioma. A novilíngua, criada para substituir o inglês, era de uso restrito. Poucos eram fluentes no idioma oficial. Entretanto, a influência da novilíngua empobreceu o inglês. Os cidadãos da Oceania falavam e escreviam um inglês reduzido. Quanto menos palavras as pessoas usavam menos elas poderiam ter pensamentos articulados, tornado-as vulneráveis às vontades do Partido.

A novilíngua eliminava os sinônimos e fundia as palavras. A redução do idioma tornava impossível pensar de forma diferente do que o Partido queria. Algumas palavras chegaram a ser adicionadas ao dicionário, mas apenas para que muitas deixassem de ser usadas. Por exemplo, a palavra “imbom” eliminava “ruim”, “péssimo”, “desagradável”, etc. As palavras se tornaram obsoletas na mesma proporção que o pensamento se tornava obsoleto.

A diminuição do idioma era uma das formas para tornar possível a transformação de tiranias em atitudes benéficas aos olhos da população. Para entender a utopia pessimista de Orwell é necessário entender como o idioma foi reduzido.

A cada edição, o dicionário diminuía de tamanho. Os revisores da 11ª edição se gabavam de que a nova edição tinha menos verbetes que a anterior. Ao comparar com a redução do idioma português a ficção se torna realidade. Este fenômeno é amplificado atualmente pelo uso do “internetês”, o português ultra-reduzido utilizado em programas de mensagens instantâneas, salas de bate-papo e em alguns blogs.

O internetês foi introduzido nas redes de televisão em março deste ano. Um canal de assinatura estreou uma sessão de filmes voltada para adolescentes com linguagem da internet. Nestes filmes são exibidas legendas com abreviações como “aki” (aqui), “cmg” (comigo) e blz (beleza) e aberrações como kerer (querer), 9dades (novidades) e xamar (chamar).

No mundo de Orwell o plano do Partido era tornar o inglês língua morta em 2050, sendo suplantado no megabloco pela novilíngua. A redução do idioma era essencial, pois reduzia o pensamento e impossibilitava as críticas aos interesses do Partido.

Mas que Partido é este? O Partido ou Ingsoc chegou ao poder após uma revolução liderada pelo Grande Irmão (Big Brother). Orwell imaginou 300 milhões de habitantes no megabloco da Ocenia divididos em três classes sociais. O Partido Interno, a elite que representava 2% da população; o Partido Externo, formado por funcionários secundários como o protagonista Winston Smith (13% da população); e a Prole que era a grande maioria (85% dos habitantes). A Prole… bem, a Prole só quer ser feliz e deixar a vida a levar.

O objetivo do Partido era suprimir a individualidade para se perpetuar no poder. A população mantinha a crença com eventos patrióticos, medo do inimigo e da vigilância constante através das teletelas.

Na novilíngua era possível construir a frase “O Grande Irmão é imbom” mas era impossível sustentar com argumentos da novilíngua esta frase. As palavras necessárias não estavam mais disponíveis. A novilíngua tinha um efeito devastador. Poderia afirmar que todos os homens eram iguais, mas não se podia afirmar esta frase, pois o único significado que restou para a palavra “igual” estava na impossibilidade de todos os homens terem o mesmo peso, altura ou cor de pele.

Em 1984 as pessoas já não escreviam. As cartas foram substituídas pelos cartões postais com frases prontas – não muito diferente dos “emoticons” dos programas de mensagens instantâneas, aquelas carinhas simpáticas que reduzem ainda mais uso do português e até do internetês no nosso mundo.

A novilíngua tornou-se presente após várias gerações. As palavras diminuíam na mesma proporção em que o poder do Partido aumentava. E o poder do Partido só estaria completo quando ninguém mais o contestasse, para isso, era necessário que todos falassem e pensassem em novilíngua.



Retirado do site:  http://duplipensar.net/george-orwell/novilingua-sua-nova-lingua.html (grifo nosso)





http://townhall.com/columnists/thomassowell/2013/05/08/words-that-replace-thought-n1588497/page/full
Segue abaixo tradução do autor do site espectatorinteressado.blogspot.com, do texto do Thomas Sowell:


 PALAVRAS QUE SUBSTITUEM PENSAMENTOS, de Thomas Sowell


Se alguma vez vier a ocorrer uma competição de palavras visando substituir o vocábulo "pensamento", "diversidade" deverá ser reconhecida como a indiscutível campeã mundial.

Não será necessária a mais ténue prova ou o recurso a um único passo de lógica, quando alguém escrever, com entusiasmo, acerca dos supostos benefícios da diversidade. A mera ideia de testar esta maravilhosa e mágica palavra contra algo tão desagradável quanto a realidade sugere algo de sórdido.

Se alguém perguntar se as instituições que promovem a diversidade 24 horas por dia conseguem obter melhores ou piores relações inter-raciais que as instituições que o não fazem, daí só poderá resultar para esse alguém ser tido por uma má pessoa. Apresentar evidências sólidas de que os locais obcecados com a diversidade têm piores relações inter-raciais é correr o risco de se ser rotulado de incorrigível racista. O pensamento livre não é livre.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu que o governo tem um "interesse imperioso" na promoção da diversidade - aparentemente mais imperioso que a exigência constante da 14ª Emenda referente à "igual protecção" de todos perante a lei.

Como é que um país racialmente homogéneo como o Japão consegue ter uma educação de alta qualidade sem o ingrediente essencial da diversidade, para a qual existe, supostamente, uma necessidade "imperiosa"?

De modo contrário, por que razão a Índia, uma das nações etnicamente mais diversas da Terra, tem hoje um registo de intolerância intergrupal e de letal violência que é pior que o que existia no nosso Sul nos dias de Jim Crow [link]?

O simples acto de se colocarem tais perguntas faz com que surjam acusações de tácticas indignas e motivos demasiado rasteiros para serem dignos de resposta. Não que os crentes ferverosos da diversidade pudessem de qualquer modo responder.

Entre as palavras candidatas a tornar o pensamento obsoleto, logo após "diversidade", está a palavra "justo".

Aparentemente, todos têm direito a um justo quinhão da prosperidade de uma sociedade, seja trabalhando 16 horas por dia para ajudar a criar essa prosperidade, seja não fazendo mais que viver à custa dos contribuintes ou a depender da mendicidade ou do crime para arranjar uns quantos dólares.

Aparentemente devemos-lhes algo, simplesmente por nos podermos agraciar com a sua presença, mesmo que sintamos que poderíamos muito bem passar sem eles.

No outro extremo da escala dos rendimentos, é suposto que os ricos paguem a sua "justa parte" de impostos. Mas em nenhum dos extremos da escala dos rendimentos se define a "justa parte" como sendo um determinado número ou proporção, ou outra qualquer forma concreta. É apenas um sinónimo político para "mais", embrulhado numa sonoridade retórica moralista . Na realidade, "justo" significa apenas mais poder arbitrário para o governo.

Uma outra palavra que desactiva o pensamento é "acesso". Das pessoas que não conseguem satisfazer os padrões do que quer que seja, da admissão à universidade à concessão de um empréstimo hipotecário, frequentemente se diz que lhes foi negado o "acesso" ou a oportunidade.

Mas igualdade de acesso ou igualdade de oportunidades não é o mesmo que igual probabilidade de sucesso. Aos republicanos não lhes são negadas iguais oportunidades para votar na Califórnia, embora na realidade as hipóteses de um candidato republicano conseguir ser eleito na Califórnia sejam muito menores que as hipóteses de eleger um democrata.

Pela mesma razão, se a todos for permitido apresentar candidaturas à admissão na universidade, ou à concessão de um empréstimo hipotecário, e se as suas candidaturas forem todas avaliadas pelos mesmos padrões, então todos têm igualdade de oportunidades, mesmo se o idiota da aldeia tiver uma menor probabilidade de entrar na Ivy League [link] e alguém com um mau historial de crédito tiver menos probabilidade de que lhe emprestem dinheiro.

"Acessível" é uma outra popular palavra que serve como um substituto para pensamento. Dizer que todos têm direito à "habitação a preços acessíveis" é muito diferente de dizer que todos devem decidir que tipo de habitação ele ou ela consegue pagar.

Os programas governamentais de promoção de "habitação a preços acessíveis" são programas destinados a permitir a algumas pessoas que decidam que habitação pretendem e a forçar as outras pessoas - contribuintes, proprietários ou quem quer que seja - a absorver uma parte do custo de uma tomada de decisão onde estes não tiveram voz.

De modo mais geral, fazer com que diversas coisas sejam "acessíveis", de maneira alguma aumenta a quantidade de riqueza numa sociedade acima do que sucederia fossem os preços "proibitivamente caros". Pelo contrário, os controlos de preços reduzem os incentivos para produzir.

Nada disso constitui matéria transcendente. Mas se cada um não parar para pensar, não importa ser-se um génio ou um idiota. Palavras que impeçam as pessoas de pensar, reduzem até mesmo pessoas inteligentes ao patamar de idiotas.









Para se aprofundar no tema, não deixe de ler os seguintes sites:

http://www.alertatotal.net/2010/08/novilingua-e-duplipensar-do.html


http://acarajeconservador.blogspot.com.br/2010/01/novilingua-da-esquerda.html


http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2013/03/a-indisfarcavel-inclinacao-fascista-dos.html


http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/203/204


http://sognarelucido.wordpress.com/2009/12/27/novilingua-e-a-praga-do-politicamente-correto/







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